Segue o
resumo do Capítulo IX do livro “A Gênese” de Allan Kardec:
Créditos para Joel
Matias, do site Luz Espírita
REVOLUÇÕES DO
GLOBO
Revoluções gerais ou parciais
As
revoluções gerais ocorreram durante as fases de consolidação da
crosta terrestre;
são os períodos geológicos que se
sucederam de forma lenta e gradual, exceto o período diluviano que
transcorreu de forma repentina.
Desde que atingida a
solidificação da crosta, passaram a ocorrer somente modificações
parciais da superfície, pela ação do fogo e das
águas.
O fogo produziu erupções vulcânicas ou terremotos,
com todas as suas consequências, levantamentos ou afundamentos de
regiões da crosta, dando origem a ilhas oceânicas e desaparecimento
de outras tantas.
Quanto às águas, inundaram ou ampliaram
costas, formaram lagos, [i]"aterros nas embocaduras dos rios que
rechaçando o mar, criaram novos territórios",
como o delta do Nilo e delta do Ródano.
Idade das
montanhas
A idade das montanhas não representa o nº
de anos de sua existência mas sim o período geológico em que se
formaram.
Assim, constatou-se que são do período de
transição as montanhas dos:
Vosges da Bretanha, Côte-d' Or
na França.
São do período secundário:
Jura,
contemporâneo dos répteis gigantes.
Terciário: Pirineus,
Monte Branco, Alpes ocidentais, Alpes orientais (Tirol).
Período
Diluviano: algumas montanhas da Ásia.
Dilúvio
bíblico
É conhecido como "grande dilúvio
asiático".
Mares interiores como o de Azof e o mar
Cáspio, e águas salgadas e sem comunicação com outros mares, além
de outros fatores, comprovam a tese de que foi causado por
levantamento de parte de montanhas da Ásia, provocando inundações
na Mesopotâmia e demais regiões em que vivia o povo hebreu.
Foi
portanto de efeitos locais e não universais como sugere o livro de
Moisés, tanto que a chuva não teria condições de provocar a
inundação de toda a Terra.
O dilúvio asiático conservou-se
na memória dos povos, sendo, portanto, posterior ao surgimento do
homem na Terra.
"É igualmente posterior ao grande
dilúvio universal que assinalou o início do atual período
geológico".
Revoluções periódicas
Além
dos movimentos de translação e rotação, a Terra executa um
terceiro movimento sobre seu eixo como o de um "pião a morrer",
movimento que se completa a cada 25.868 anos, produzindo o fenômeno
chamado "precessão dos equinócios".
O
equinócio é o momento em que o sol, em seu movimento de um
hemisfério a outro, se encontra perpendicular ao equador, o que
ocorre em 21 de março e a 22 de setembro de cada ano.
Como a
cada ano o momento do equinócio avança alguns minutos, resulta que
o equinócio da primavera (mês de março), ocorrerá futuramente em
fev., depois, jan., dez., fazendo com que a temperatura do mês se
altere, voltando gradativamente ao estágio original ao completar o
período de 25.868 anos.
A esse avanço do momento dos
equinócios denominou-se "precessão dos equinócios".
As
consequências desse movimento são:
1. O aquecimento com
fusão dos gelos polares até a metade do período e posterior
resfriamento gradativo até novamente congelarem-se, permitindo aos
polos gozarem de fertilidade no período após o degelo.
2. O
deslocamento do mar, inundando lenta e gradativamente algumas terras,
fazendo com que as populações de geração para geração se
desloquem para regiões mais altas, voltando as águas posteriormente
ao leito anterior.
Enquanto estão imersas, as terras
recuperam os princípios vitais esgotados, através dos depósitos de
matérias orgânicas, ressurgindo novamente férteis após o
afastamento das águas.
Cataclismos futuros
Alcançada
já a solidificação da crosta e extintos a maioria dos vulcões,
não é de se esperar a ocorrência das grandes comoções
telúricas.
Erupções vulcânicas ainda ocorrem, causando
perturbações locais, como inundações das áreas próximas.
A
natureza fluídica dos cometas afasta qualquer receio de choque
contra a Terra, pois, se ocorresse, a atravessaria sem causar
dano.
Por outro lado a "regularidade e a
invariabilidade das leis que presidem aos movimentos dos corpos
celestes" afasta qualquer hipótese de choque entre
planetas.
A Terra terá logicamente um fim.
Entretanto,
atualmente acabou de sair da infância, entrando em um período de
progresso pacífico com fenômenos regulares e com o concurso do
homem.
"Está, porém, ainda, em pleno trabalho de
gestação do progresso moral.
Aí residirá a causa das suas
maiores comoções.
Até que a Humanidade se haja avantajado
suficientemente em perfeição, pela inteligência e pela observância
das leis divinas, as maiores perturbações ainda serão causadas
pelos homens, mais do que pela Natureza, isto é, serão antes morais
e sociais do que físicas".
Aumento ou
diminuição do volume da Terra
O espírito de
Galileu manifestou em 1.868, opinião a respeito, esclarecendo que
"os mundos se esgotam pelo envelhecimento e tendem a
dissolver-se para servir de elementos de formação a outros
universos".
No período de formação, ocorre a
condensação da matéria com redução do volume, porém conservando
a mesma massa; no segundo período há a contração e
solidificação da crosta, desenvolvimento da vida até a forma mais
aperfeiçoada.
À medida que os habitantes progridem
espiritualmente, o mundo passa a um decrescimento material, sofrendo
perdas e gradual desagregação de moléculas até chegar a completa
dissolução.
Ao diminuir a massa do globo, passa a ser
dominado gravitalmente por planetas mais poderosos, alterando seus
movimentos e consequentemente as condições de vida.
É a
terceira fase: decrepitude, após passar pela infância e
virilidade.
"Indestrutível, só o Espírito, que não
é matéria".